quinta-feira, outubro 26, 2006

Poluição Humana vs Paisagens Paradisíacas

Passo férias no Sudoeste Alentejano desde há cerca de 15 anos, e é sem dúvida o meu destino de eleição a nível nacional. Sempre adorei aquela paisagem estonteante, aquela gastronomia fabulosa, a simpatia das gentes locais, etc., etc., etc. Hoje em dia, o Alentejo não perdeu nenhuma destas características, mas pelo contrário ganhou uma: a poluição humana. E então o que é isto da poluição humana? A poluição humana é sem dúvida a quantidade exagerada de gente, que assola aquela paisagem no mês de Agosto, tornando aquilo que era um paraíso, numa qualquer Alfubeira cheia de gente ou até mesmo numa Milfontes. Mas enquanto o Algarve vai tendo infra-estruturas para isso, A Costa Vincentina não tem. E isto reflecte-se nas filas intermináveis para o multibanco, nos restaurantes sempre cheios, no trânsito insuportável, na impossibilidade de arranjar estadia sem ser com a devida antecedência, e no desespero de arranjar um lugar para espetar o guarda-sol na praia. Ora uma das causas deste fenómeno é sem dúvida o Festival do Sudoeste, evento que adoro e do qual poucas foram as edições que perdi, mas que em Agosto leva para aquelas paragens milhares de pessoas, e que nos últimos anos se tem tornado no verdadeiro desfile de popstars ao nível do público (embora às vezes tb ao nível do cartaz).
É uma pena, mas é um fenómeno perfeitamente normal. Os locais à medida que vão ficando conhecidos quer pela paisagem, quer pelos eventos, quer por outro motivo qualquer, vão se enchendo de gente. Relativamente ao Sudoeste Alentejano, as pessoas que já conheciam aquilo (como eu) continuam a ir, as pessoas que começam a conhecer, vão indo, a as pessoas que ainda não conhecem, vão começar a ir (e os que morrem deixam de ir!). Portanto, devido a isto tudo, tomei uma opção: Alentejo só na Páscoa se estiver bom tempo ou em Setembro se houver disponibilidade e sobrar dinheiro.
Não imaginam as saudades que tenho de deambular por Odeceixe, pelo Brejão ou pela Zambujeira, com aquilo praticamente deserto, com a possibilidade de me sentar numa qualquer esplanada a ler um livro e a comer umas ameijoas, ou as saudades duma mariscada "à homem" nas Azenhas do Mar.
Mas como me veio o tema deste post à cabeça? Estava eu a passar umas cassetes de video para o PC, quando descubro uma filmagem da Costa feita na altura da Páscoa (2005) e onde ser consegue aperceber a magnificiência do sossego a que me referia anteriormente! Ora deliciem-se...


Pois é! Paraíso não? Já agora, descobri outro filme duma altura do festival, no verão desse mesmo ano, onde se podem ver as casas que arrendamos ao Rogério, com vista privilegiada sobre Odeceixe e o rio, e as nossas brilhantes jantaradas cá fora depois de tar na praia até às tantas. Como bónus vêm os Domadores de Cavalos, dois indíviduos desconhecidos, que no rescaldo duma noitada, resolvem ir para o Brejão alimentar cavalos com palha. Ora vejam...

domingo, outubro 22, 2006

Fast Foward Portugal Film Festival

Pois é meus amigos. Já passou e correu muito mal. Passo a explicar.
A equipa era composta por mim e pelo Paulinho Lekas. Mal saimos das aulas na sexta-feira às 18 horas, fizemo-nos à estrada em direcção a Braga, chegámos ao local e estacionámos. Fomos a pé ver onde era o estaleiro cultural e rapidamente descobrimos um edifício antigo, típico de centro histórico, com um ar realmente simpático. Resolvemos então jantar ali perto num qualquer tasco. Muralhas para a frente e muralhas para trás estava na hora de ir buscar os temas. Chegámos lá ao estaleiro cultural e aquilo estava cheio de gente (aproximadamente 40 equipas!), formalizámos a nossa inscrição e fomos para o bar esperar que entregassem os temas. Cerveja para cá, cerveja para lá e já estávamos a socializar com toda a gente. Entretanto chamam as equipas para entregar os temas. Chego lá, pedem-me para escolher um envelope, tiro um e vou ter com o Paulinho. Tema: "o segredo - não contes a ninguém". Mas o que é isto? Pensámos nós. Bem vamos lá até ao Porto e pensamos pelo caminho. No caminho ainda pensámos numa ideia que até era bem consistente, mas quando chegámos ao Porto fomos até ao Bom Dia e aí começou tudo a disparar ideias. Cada uma mais elaborada que outra, para um filme de 3 minutos. Até uma folha com uma banda desenhada já feita, toda detalhada, nos vieram entregar. Entretanto, superbock para aqui, superbock para acolá, já não podíamos ouvir mais nada e pusemo-nos a andar para começar a filmar. O que se conseguiu filmar foi isto:



O primeiro filme ficou pronto antes das 18 horas (hora limite para a entrega) e depois ficámos mesmo arrependidos de não termos ido lá entregar. O Paulinho insistiu bastante, mas a minha ressaca não me deixou pensar com coerência. Nem as outras curtas fomos ver... Enfim! Serviu para aprender. Para a próxima bebe-se água!

terça-feira, outubro 17, 2006

Novidade de última hora!!!!

Pois é caros amigos, as Produções Jóni voltam agora à acção e vão participar num Festival de Curtas já no próximo fim-de-semana. O FAST FOWARD PORTUGAL - FILM FESTIVAL é um festival onde os concorrentes são convidados a filmar, montar e editar uma curta em 24 horas. Começa sexta-feira dia 21, em Braga com a entrega dos temas às equipas, estas devem filmar e editar o filme até às 18h do dia seguinte (sábado 22), e entregar as obras em Braga também. A partir das 21.30h de sábado começam as mostras e as respectivas enregas dos prémios. As Produções Jóni já inscreveram uma equipa da qual fazem parte Jóni Jota, Pinzé Barrotes e Paulinho Lekas. Vamos dar o nosso melhor! Desejem-nos sorte e aguardem notícias! Beijos e Abraços!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Marrocos 2006

Decidi-me em dois dias. Foi o tempo de falar com os meus pais, avisar a Inês, tratar do passaporte e fazer-me à estrada. Porto 23h, mala feita com tudo pronto. Tenho de estar em Lisboa na Embaixada de Marrocos às nove da manhã, para autenticarem uma autorização para o carro. Tinha pensado em sair às sete mas os nervos não me vão deixar descansar. Nem são bem nervos, é ansiedade para começar esta aventura. Decido-me! Vou arrancar agora. Passei no Bom Dia e ainda estive lá um bocado com a malta. À 1.30h da manhã estou a atravessar a ponte do freixo em direcção àquela auto-estrada nova (que não tem portagem) que vai até Estarreja. Ponho a tocar um cd que gravei e lá vou eu, pela noite fora, sozinho, como já é muito meu hábito. Gosto de viajar sozinho e pelas nacionais, não me custa absolutamente nada, vou a pensar na vida. Bem, a uma velocidade média de 90 km/h, são 5.30 da manhã e estou a passar o Estádio de Leiria. Como sono me está a atacar com força, vejo um motel do lado direito e decido parar para dormir algumas horas. Toco à campainha e pouco depois atende-me um senhor que me manda entrar e pergunta muito espantado: "Vem sózinho?" Eu respondo afirmativamente, dizendo que vinha a conduzir há muitas horas e que queria descansar um bocadinho, pois tinha de estar em Lisboa muito cedo. O motel até tinha bom aspecto, mas de repente o senhor vira-se para mim e diz: "Olhe, eu nem devia estar a dizer isto, e peço-lhe que não me leve a mal, mas já que o senhor só quer descansar umas horas, existe já ali à frente outro motel a metade do preço deste. Não espere é encontrar a mesma higiene que aqui, pois aquilo ali é só putaria!" Palavras dele.
Agradeço-lhe, pego no carro e mais à frente descubro o tal motel, com um restaurante no rés-do-chão. "Para quartos toque à campainha." Dizia lá num papel colado no vidro da porta do restaurante. São seis da manhã, estou cheio de sono e estou a tocar à dita campainha. Ouço uma persiana a abrir e vejo um velhote em tronco nu. "Boa noite, precisava dum quarto por favor..." O homem sem hesitar, baixa-se e atira-me com uma chave (quase que me acertava) dizendo: "Essa porta aí à esquerda, segundo andar!" Ok. Lá entro e deparo-me com um corredor escuro mesmo sinistro, cheio de portas de ambos os lados. Lá dou com o meu quarto, entro e nem abro a roupa da cama, nem tiro a minha própria roupa. Aquilo era mesmo uma espelunca. Ligo a televisão e além dos 4 canais nacionais ainda tinha um porno de bónus. Como estava muito cansado adormeci logo e três horas depois acordo com o desertador do telemóvel. Tomo um banho, desço para o restaurante e deparo-me com uma mulher com ar de prostituta atrás do balcão. Tinha pensado em tomar lá o pequeno-almoço mas aquele panorama fez-me logo perder o apetite. "Bom dia queria pagar por favor." Paguei dez euros (em vez dos 35 que ia pagar no outro motel). Arranco em direcção a Lisboa. Nunca pensei que em Agosto houvesse tanto trânsito para entrar em Lisboa de manhã. Que seca. Fui tentar encontrar a embaixada através de uma foto aérea que tinha imprimido do google earth na véspera. Não foi difícil. É uma rua residencial, com várias vivendas, e várias embaixadas. Entro na Embaixada Marroquina, que estava vazia e sou atendido rapidamente.
Pronto! Mais um assunto resolvido. Dirigo-me então para o Algarve para pegar na Inês. Cheguei a Vilamoura por volta da hora do almoço, comemos qualquer coisa e depois assusto-me com a quantidade de malas que ela trás. "Inês nós vamos para Marrocos sem nada marcado, para andar à procura de hotéis, em condições que desconhecemos, e tu trazes estas malas todas?" Enfim. Lá vamos nós por ali fora todos contentes. A Mariana e o Alberto já tinham atravessado o Estreito de Gibraltar. Vila Real de Santo António, Sevilha (onde apanhámos as temperaturas mais altas), Cádiz, Tarifa. Chegamos a Algeciras de noite, jantámos e procurámos um hotel pois tinham-nos recomendado a não fazer a travessia de noite. O hotel até era bastante simpático mas tinha o ar condicionado avariado. Estava um calor enorme. Cerca de 40 graus. Na manhã seguinte acordámos cedinho e fomos logo para o Ferry. Já tínhamos comprados os respectivos bilhetes na noite anterior para não se perder tempo (quase 300 euros para um carro e duas pessoas, ida e volta!).
Ao fim de uma hora lá chegámos a Ceuta. Não gostei nada da cidade, é mesmo feia. Gostei do facto de aquilo ser tipo off-shore, um paraíso fiscal para o volume de Marlboro que comprei (20 euros). No entanto lá apanhámos a estrada pa Marrocos e um pouco mais à frente lá chegámos à fronteira.
Não sei se consigo muito bem descrever aquilo. Uma infinidade de carros, pessoas, marroquinos melgas a pedir dinheiro, toda a gente a tentar vender o seu filme. Uma confusão brutal! Já sabia mais ou menos aquilo que tinha de fazer, e ao fim de três horas e muitos filmes lá consegui carimbar os passaportes e tratar dos documentos do carro. Tínhamos combinado encontrarmo-nos com os nossos amigos em Fez, onde eles já estavam, e onde nos iam arranjar um quarto no mesmo hotel. Na viagem passámos por Tetouan, onde várias motas nos seguiam encostadas às nossas janelas, com marroquinos a melgar: "Haxixe? Hotel? Mercado? Espanhol? Italiano?" São insuportáveis eles. Depois fomos visitar o vale de Chefchouen, uma cidade de grande atracção turística devido "àquilo que faz rir". Em todas as estradas do interior, além de imensos controles policiais, encontram-se muita gente a tentar vender haxixe. Mal vêem o carro passar, levantam-se e começam a gesticular e a chamar por nós.
Chegámos a Fez ao final da tarde, meia hora para encontrar o hotel mas lá conseguimos. Mariana! Alberto!! How are you? It's me! The pussylover!! Depois de alguma conversa fomos pousar as coisas e tomar um banho, e encontrámo-nos com o guia à porta do hotel. Fomos jantar a um restaurante típico no centro da Medina. Fomos de táxi. Meu Deus! O filme em que me meteram! O trânsito neste país é de loucos, é o salve-se quem puder! Nunca tinha visto nada igual. E o taxista parava junto a toda a gente que encontrava na rua, para oferecer boleia à nossa pala. Foi a risota! O restaurante era muito giro, e o primeiro contacto com a comida marroquina foi muito bom, pois tinham-me dito que a comida era horrível. Mentira! É tudo óptimo. No fim do jantar estivemos a passear pela Medina e a visitar algumas lojas. A Medina é nada mais nada menos do que o centro histórico das cidades, e é sempre cercada por muralhas. As ruas são estreitas, escuras e cheiram mal. As pessoas são sinistras. É um ambiente surreal. Mas o guia controlava aquilo tudo. Adorámos Fez.
A nossa próxima viagem foi um grande "esticão". Fez-Marrakech pelo quente interior marroquino, sempre em estradas nacionais claro. Demorámos cerca de 9 horas e chegámos a Marrakech ao fim da tarde, a pior hora para se andar de carro em Marrakech. Se já tinha achado o trânsito em Fez caótico, aqui então é inacreditável. Parece que tem cola nas buzinas! Sempre a buzinar. Prioridades não existem, a circulação nas rotundas é feita pelo sentido que der mais jeito, burros no meio da estrada. Enfim! Um autêntico terceiro mundo!
Conseguimos arranjar um hotel rapidamente graças à preciosa ajuda do guia da lonely planet. Era um riad giríssimo e bastante acessível. Pousamos as coisas e fomos logo para a praça central de Marrakech. Os finais de tarde ali são fora de série! As miúdas aproveitaram para fazer umas tatuagens de tinta, como vão poder ver no filme. E nós divertíamo-nos com os macacos e as sepentes.
Depois de Marrakech resolvemos guiar em direcção ao litoral. O clima aí é muito parecido com o nosso. Já não é aquele calor imenso e abafado do interior. Chegados ao litoral rumámos em direcção a Sidi Kauki, uma vila sossegada, com uma praia linda e indicada para a prática de wind e kite. É a Tarifa marroquina. Com alguns hóteis pequeninos mas super charmosos, é como que um pequeno paraíso. Ficámos num hotel giríssimo de umas irmãs belgas, super simpáticas. Nota-se uma diferença enorme dos hóteis de gestão europeia! A praia é brutal, mesmo sossegada, o areal é enorme, não tem guarda-sóis mas os camelos que passeiam na praia tratam de nos proteger. Quem quiser pode optar por passear a cavalo junto à água. Os hamburgers do bar da praia são também deliciosos. Não me importava de passar aqui duas semanas só a fazer praia.
Próxima paragem Essaouira. O contraste: praia horrível, cheia de gente (mas cheia mesmo, impressionante), carros, trânsito, pior que Albufeira em Agosto. Ficámos a dormir os 4 numa suite giríssima que até piano tinha.

Neste hotel havia cerveja, que maravilha pois para arranjar álcool neste país é um verdadeiro filme! A Mariana fazia anos e jantámos num restaurante lindo. Foi muito divertido.
Fomos ainda a Casablanca e a Rabat (a capital), mas não gostei. São cidades gigantes (Casablanca tem 5 milhões de habitantes) e muito ocidentalizadas. Arranha-céus, MacDonalds e todas essas tangas. Fui multado na viagem pois fui apanhado por um radar em excesso de velocidade. Paguei dez euros de multa. Das 3 vezes que me mandaram parar em transgressão, foi a única vez que me multaram, pois sempre que viam que eramos estrangeiros, eramos tratados com palmadinhas atrás das costas.
À vinda embora levámos com uma pesada revista na fronteira. Mandaram-nos sair dos carros, cães lá para dentro, queriam desfardar-me as portas, meteram-se debaixo do carro. Malas todas para fora. Impressionante.
Depois em Espanha ainda ficámos uma noite a dormir em Tarifa, que é simplesmente fantástico. Mais animação não há. Para o ano vou lá passar uma semaninha.
Conclusão: todos adorámos e divertimo-nos imenso. Beijos e abraços à gang, com a esperança de um reencontro próximo. Fica a saudade... e o filme...

terça-feira, outubro 10, 2006

Estes sim são aventureiros! Parabéns a todos da expedição Braga-Luanda 2006

Não podia deixar de fazer aqui referência a uns grandes malucos, que este Verão se meteram em 4 jipes e se mandaram desde a cidade nortenha de Braga, até Luanda no Continente Africano. Partiram da cidade de Braga no dia 28 de Julho, após uma benção por parte de um Padre, que lhes ofereceu uma Bíblia que os ajudou muito, e peripécia atrás de peripécia, lá chegaram a Luanda, no dia 24 de Agosto. Estes malucos, que já têm é idade para ter juízo (eh!eh!eh!) escreviam quase diariamente todas as peripécias no diário de bordo existente no blog: www.bragaluanda2006.blogspot.com
Visitem e leiam que vale mesmo a pena! E quem sabe para breve não publicam um livro? Fica aqui a ideia, que agrada aos fans e a quem acompanhou a viagem. Era lindo escreverem um livro com todas as aventuras passadas assim como descrições realistas de todos os países pelos quais passaram! A ver vamos...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Como se chamam aqueles camiões que têm um elevador com uma cestinha, para mudar as lâmpadas dos candeeiros das ruas?

Aquilo é tipo a escada magirus dos bombeiros, qualquer coisa assim. Mas isto vem a propósito de quê? Ahhhh! Isto vem a propósito duma história que eu queria contar e que aconteceu já há uns anos valentes. Numa altura em que havia uma discoteca chamada VOICE que bombava imenso, e se não me engano o próprio Vibe chegou a ter lá uma residência mensal... ou não. Lembro-me que o fui lá ouvir várias vezes. Esta discoteca situava-se na marginal ali perto da Ponte da Arrábida.
Na altura a gang andava sempre toda junta para todo o lado, e lá resolvemos nós ir até ao Voice beber um copo. Quando chegámos ali à beira do rio já íamos assim meio de lado, se é que me compreendem. E parámos para acabar as cervejas ali naquele larguinho junto ao stand da Opel. Estávamos nós na conversa e na galhofa habitual, quando vemos o nosso amigo Pedro "Bicancas" Prata a abrir uma caixa nesse tal camião e a começar a mexer lá nuns comandos. Mas não ligámos, pois esse Amigalhaço tem a mania de estar sempre a mexer em tudo. Não sei como, dois minutos depois, aquilo começa a fazer barulho e o braço começa a subir. Ele conseguiu pôr aquilo a trabalhar!!! Claro que ficámos todos entusiasmados e o X-Men trepa logo para cima da cesta. O Bicancas ainda ia acertando com a grua num carro, mas passado um bocado já estava a controlar a máquina. Nisto, eu estava a achar tanta piada aquilo, que resolvi subir para a cesta também, mas com o peso da cerveja que tinha bebido, só consegui ficar pendurado. Lá vou eu pendurado a gritar: "Bicas não subas mais!! Olha que eu estou a escorregar pá!!!! E como vi que ele não ia descer e não, resolvi largar-me antes que fosse tarde demais. Obviamente parti-me todo, mas só senti no dia seguinte. No entanto, as pessoas dos carros que estavam parados na fila do semáforo da Rua D. Pedro V (a maior parte noctívagos perdidos em busca de destino, como nós) riam-se às gargalhadas das nossas figuras. O Bicancas já tinha colocado a cesta ao lado de uma janela de um segundo andar, e o X-Men descobre que dentro da cesta está uma corneta, e começa a apitar desalmadamente. Nisto abre-se uma persiana de rompante, e uma mulherzinha começa a gritar de dentro da janela. Claro que o X-Men só a viu quando ela abre a janela e lhe tenta "cascar" com uma vassoura. Aí fica com medo e começa a gritar: "Ó Prata põe-me no chão pá!!! Mas o Bicancas estava a ter dificuldade em descer aquilo. Entretanto, nós lá em baixo ríamo-nos que nem uns desalmados. Surreal, mesmo surreal.
Finalmente, o Bicas lá consegue baixar aquilo, o X-Men salta, e pomo-nos todos ao fresco antes que chegassem os Homens de Azul, ficando lá a mulherzinha a praguejar da janela.
Foi um episódio muito engraçado, que nenhum de nós irá esquecer, nem a mulherzinha, nem as pessoas que estavam na fila do semáforo...
Grande abraço aos intervenientes!!!

Produções Jóni

Ora então o que são as Produções Jóni? As Produções Jóni são uma empresa fictícia de realização, produção e edição de curtas-metragens "severamente" amadoras. Funciona sob a liderança de Jóni Jota e conta com a valiosíssima participação de um sem número de colaboradores.
Depois de alguns trabalhos a solo, como "Os Amigos do Pai Natal", "Million Dollar Cigano", ou "BBC Wild Life"; as Produções Jóni contaram com a participação de uma enorme equipa, quer de actores quer de apoio às filmagens, para a realização de um projecto que tinha como objectivo o Fantasporto. Esse projecto consistia na produção de uma curta-metragem que seria colocada a concurso na internet e sujeita a 2 júris. Um público, através da votação na internet, e outro privado, composto por alguns membros da organização. A curta-metragem "Convergências", das Produções Jóni, conseguiu o segundo lugar da votação pública, de entre os 38 filmes a concurso. Esta curta pode ser visualizada aqui...


Neste momento as Produções Jóni estão centradas na realização da sua primeira longa-metragem, uma reinterpretação cómica de um clássico do terror de 1954, de seu nome "O Monstro da Lagoa Negra". Este projecto promete, devido ao elevado potencial dos actores participantes. Será esperar para ver. No entanto podem visualizar todos os trabalhos clicando no link do youtube à vossa direita ou ouvir a entrevista do percurso pessoal de vida de Jóni Jota (Eu) na Rádio Universitária do Minho, na janela já aqui em baixo...
Um obrigado a todos os que têm ajudado e que vão ajudar. Teremos novidades brevemente!

segunda-feira, outubro 02, 2006

Fim de semana nas vindimas

Bom dia a todos! Vamos lá então contar tudo acerca deste fim de semana que acabou ontem (infelizmente), e que foi sem dúvida um dos mais divertidos dos últimos tempos.

A meio da semana passada recebi um telefonema, do meu afilhado Filipe Seabra, a convidar-me para ir para Seia passar o fim de semana nas vindimas. Como ele já tinha falado com o nosso amigo Pedro "Enguia Firewater Tomates em Brasa Breakbeat" Menício, para ir lá tocar a um simpático bar, ficou tudo então combinado , para na sexta-feira irmos até ao sopé da Serra da Estrela.
Sexta-feira 29 de Setembro. Acordo lá para a uma da tarde, tomo um banho, saio de casa e vou almoçar a um tasco na baixa, juntamente com a gang das "meninas" de Arquitectura. Comi um arroz de cabidela óptimo e após as despedidas faço-me à estrada. Ligo ao meu amigo Pedro Menício, que mora em Ílhavo-Aveiro e ele responde-me assim: "Ehhhhhh paaaaa! Tenho dentista às 17h mas despacho-me rápido. Depois é só ir a casa buscar os discos e seguir viagem!" Meto-me então na nacional para fazer tempo e chegar a Ílhavo à hora combinada. Às 18h viro à direita, digo olá ao Bispo e apanho o Pedrito.
Loungezinho pela viagem fora, nada de chuva e acabámos por chegar a Seia antes do Filipe. Estivemos lá na conversa com a mãe e os irmãos, que são pessoas excepcionais, entretanto chegou o puto e jantámos todos lá em casa, na maior das galhofas, a comer frangos e alheiras, e a "entornar" o vinho do Avô Seabra (um grande homem de quem irei falar mais adiante). Preparava-se assim uma grande coboiada!
Depois do jantar lá fomos nós ao barzinho do Tó Patusco, local onde o Pedro Firewater Tomates em Brasa Menício ia passar uns discos. Depois da parte técnica de ligações e afins lá começa o set. As pessoas começam a chegar, cerveja puxa cerveja, tudo animado, o Filipe apresenta a malta, e sem darmos por ela estava o pânico instalado. A Drica e o barman vinham de 5 em 5 minutos pedir para acalmar os ânimos e para baixar o volume. Ao que o Pedro dizia que sim e 10 segundos depois já estava a rebentar outra vez. Mas quando chegou o Tó Patusco, ai Jesus que acabou o sossego. Até tocaram juntos. Conclusão: foi alta festa, alto set, altas pessoas, Seia na sua raiz mais profunda, com a simpatia que caracteriza a sua população jovem. Quando chegámos a casa ainda tive de dar umas sapatadas a uma pessoa, mas correu tudo tranquilamente.
Sábado acordámos mais tarde do que a hora combinada com uma ligeira dor de cabeça (não faço ideia porquê), e lá fomos nós ajudar o Avô Seabra com as vindimas. Mal chegamos fomos recebidos por uma feijoada à homem ao pequeno almoço que nos deixou logo tontos. Fomos para as vinhas ter com o resto das pessoas e começamos a trabalhar. Ao fim da tarde conseguimos acabar de cortar as uvas todas e o Avô Seabra chama as tropas para regressar à quinta.
O Avô Seabra é um homem sábio e sensato de 85 anos (não aparenta sequer 60!). É um exemplo para nós. É deliciante ver o respeito que todos lhe têm quando começa a falar e toda a gente naquela mesa enorme se cala. Depois deste verdadeiro Senhor nos ter dado a provar alguns dos néctares produzidos lá na quinta e nos ter dado a conhecer algumas curiosidades acerca do fabrico do vinho, fomos para uma sala onde estava uma enorme mesa posta para "lanchar". Claro que depois da quantidade de carne e sardinhas que comi, não consegui jantar. Nem eu nem o Pedro Firewater. No final daquele "manjar dos Deuses" viemos para o exterior conviver quer com a família quer com os amigos. Já era amigalhaço daquela gente toda, que tem a mesma simpatia que caracteriza a juventude de Seia. É impressionante a simpatia das pessoas, e um verdadeiro exemplo para os habitantes de cidades maiores.
No final fomos para casa e adormecemos os 3 em cima da cama! 22h e tal, saímos de casa novamente. Vamos até ao bar do Preto e a moleza física antevia uma noite muito, muito soft. Mentira! A disposição contagiante do Jóni Jota e do Pedro Enguia Firewater Menício estava no auge! Mini para aqui, mini para ali, já nos estávamos todos a rir e na coboiada. Voltamos para casa e fomos até ao barracão onde o Filipinho esteve a tocar mais um bocadinho. Aqui deixo-vos uma pequena amostra do barracão...

Claro que quando nos fomos deitar fizemos um assalto à cozinha, um de chapéu à cowboy, outro de bóina das vindimas. Deviamos estar a fazer tão pouco barulho que a mãe do Filipe entra na cozinha e, com uma expressão daquelas "estes rapazes são doidos", nos diz. "Vá lá meninos, está na hora de irem para a cama."
Acordámos no Domingo já com a tristeza de vir embora. A mãe do Filipe assou uma carninha que estava um primor. Quem deve ter gostado muito também, foi a cadela Xica, que no fim do almoço entrou na cozinha e roubou um naco enorme que tinha sobrado! A meio da tarde viemos embora e lá fui deixar o Pedro Firewater Tomates em Brasa a Ílhavo. Interessantíssimo a diferença de ritmo das 2 viagens (ida e volta): à ida para Seia fomos todos entusiasmados e divertidos, sempre na conversa o caminho todo. À vinda, quase não abrimos a boca o caminho todo, de tão cansados que estávamos.
Foi assim um fim de semana simplesmente brilhante e deixo aqui um abraço especial: ao Pai, à Mãe e aos Avós Seabra, pela hospitalidade e simpatia com que nos receberam; ao Xico pelo quarto, ao puto e à Ju por terem andado connosco na galhofa; ao Tó Patusco e à Drica; ao Ricardo, ao Meireles e amigo, pelo surreal das circunstâncias em que nos conhecemos; e ao Sr. Franklin, Sr João e restante malta que conhecemos na quinta! E claro ao meu brutal companheiro de rambóia Pedro "Enguia Firewater Breakbeat Tomates em Brasa" Menício! Felicidades para todos e esperamos voltar brevemente!
Algumas frases que marcaram este fim de semana:
"Estou com os tomates em brasa! Se me agarro às cuecas dela derreto-as!" by Pedro Enguia Firewater Breakbeat Menício
"Olhem que eu estou-vos a ver pela frincha...PUUMM!! TRASH!! aaiiiii!"
by Jóni Jota
"Aquilo dava um gás... ficava todo arrelampado! Mas aqui o Zé não arrelampa!" by Sr. Franklin